quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Mais ou menos

Sempre primei pela autenticidade. E já perdi muito por não usar meios-termos. Lembro que minha mãe dizia que Papai do céu não gostava das pessoas mornas. E segui a orientação da Dona Dote à risca. Creio até que exagerei, principalmente na vida profissional. Nunca gostei de fazer de conta que trabalhava, de aceitar governos medíocres, de me consolar com as coisas mais ou menos. Contudo, sempre soube que não era o único a não aceitar as coisas pela metade. A vida ensinou-me que pessoas de grande significância, alguns até considerados como meus ídolos, também compartilhavam dessa opinião.
Chico Xavier, o verdadeiro santo brasileiro, igualmente não se conformava com esses meios-termos. Certa feita, disse com suas sábias palavras, que "a gente pode morar numa casa mais ou menos; numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos”. Mas o que me deixou mais feliz ainda foi saber que o grande médium espírita, assim como eu – um humilde escriba – não concebia que a gente amasse mais ou menos, sonhasse mais ou menos, fosse amigo mais ou menos, namorasse mais ou menos e, principalmente, acreditasse mais ou menos. – Senão – dizia Chico Xavier -, a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos...

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